sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Red Hot Chili Peppers - Greatest Hits (2003)



Greatest Hits é uma coletânea lançada em Novembro de 2003. O álbum como o título sugere contém os "grandes" sucessos dos Red Hot Chili Peppers, além de duas músicas inéditas até então "Fortune Faded " e " Save the Population. Também foi lançado um DVD, onde e mostrado algumas entrevistas, bastidores da turnê Californication, além de dois videos inéditos Universally Speaking e Road Trippin.


Faixas:
01. Under The Bridge
02. Give It Away
03. Californication
04. Scar Tissue
05. Soul To Squeeze
06. Otherside
07. Suck My Kiss
08. By The Way
09. Parallel Universe
10. Breaking The Girl
11. My Friends
12. Higher Ground
13. Universally Speaking
14. Road Trippin
15. Fortune Faded
16 . Save The Population

Download:
Red Hot Chili Peppers - Greatest Hits
Áudio - 60.30 MB

Tradução dos Encartes:


"Eu prefiro começar a introdução deste texto lhes dizendo que eu não sei nada sobre coisa alguma.

As músicas deste álbum são dos últimos 13 anos ou mais, é uma seleção legal. A coisa mais incrível sobre elas, é que todas são hits (tirando as novas, nunca se sabe).

Quando nós começamos essa banda em 1983, eu nunca imaginaria esse tipo de sucesso para 3 caras como nós. Existe um teatro em Los Angeles, na verdade em Passadena, chamado Perkins Palace. Quando eu era adolescente, eu costumava ir lá para assistir alguns shows, The English Beat, Echo And The Bunnymen, e mais algumas outras. Eu costumava guardar isso como um ideal, algo pra pensar, cara, se algum dia eu puder tocar num lugar tão grande e significar pro público tanto quanto esses artistas significam para mim, isso seria, quero dizer, eu via isso como o topo do sucesso. Agora nós estamos aqui, 20 anos depois, e tocando em arenas e estádios ao redor do mundo todo. Nós estivemos tocando nesses tipos de lugares há 10 anos agora. Freqüentemente eu ando nas arenas depois dos shows, mergulhado em copos plásticos vazios e tênis perdidos, olhando pra mais ou menos 50 caras carregando quantidades enormes engenhocas de ferro reluzentes e guardando em 9 ou mais caminhões, e eu simplesmente penso em quão louco isso parece, todo esse esforço pra verem 4 caras tocando algumas músicas. Quem imaginaria? A razão pra isso ter acontecido, bem, juntamente por termos suado sangue em shows durante 20 anos, são estes Hits no rádio.

Existe uma variedade de razões para nós termos estes Hits. No começo, nossa banda tinha uma fresca e nova pegada pra tocar Rock e a boa vontade de fazer algo para entreter. Nós aprendemos com nossos erros e sempre tentamos sermos melhores e ter um claro e profundo entendimento sobre nossa arte. Tentamos não agir como cuzões se nós nos pegarmos errando em algo. Nós viajamos o mundo numa van, ficamos no fundo do poço, e então chegamos ao nível de tocar no Perkins Palace. I não sei se significamos para nossos fãs o tanto que o Echo And The Bunnymen significou pra mim, mas todavia, nós agitamos e as pessoas vem nos assistir.

Em 1988, depois da morte de nosso amado amigo e co-fundador, Hillel Slovak (que foi uma enorme influência na formação de nosso som), nós conseguimos Chad Smith e John Frusciante. Chad tocava tão forte e dinamicamente, John tocava tão incrivelmente e trouxe seu conhecimento musical, um sentimento profundo e um ouvido para música que perdurarão para sempre. Com esta formação, nós nos tornamos 4 partes de algo, nós éramos completamente diferentes uns dos outros, mas com o mesmo desejo. Se existem 4 pontos diferentes no mundo, cada um de nós estaria em um pólo diferente do outro. Por esta razão, por nós 4 concordarmos com um tipo de música válido, aquele tipo de música que deveria agradar à todos os tipos de sangue, todas as vertentes, todas as 4 esquinas do globo. Não é fácil, mas ajuda no nosso apelo musical para vários tipos de pessoas diferentes. Para todas as nossas músicas, nós trazemos uma coisa coisa diferente, que é uma química intangível, com a qual as pessoas podem se relacionar, nós estamos dispostos a trabalhar muito para que isso aconteça, e isto é o porque das coisas terem acontecido do jeito que aconteceram.

Quando John deixou a banda (1992-1997), ele foi substituído pelo Dave Navarro. Foi um prazer e uma honra tocar com Dave, ele é uma ótima pessoa e um guitarrista maravilhoso. Nos divertimos muito juntos. A banda era uma coisa completamente diferente quando ele estava nela, como você pode ouvir em uma música daquela época, “My Friends”. As pessoas freqüentemente me perguntam: “Com vocês fazem isso? Aonde vocês conseguem essa energia? Por que vocês ainda são uma banda relevante quando um monte de outros caras passaram pela banda?”. A resposta para esta pergunta se divide em duas partes: primeiramente, nós não somos nada se não insignificantes manchas de merda, penhorados num campo cósmico espiritual, aonde nosso universo não é nada se não um ponto crocante de smegma. Segundamente, nós trabalhamos. Nós estamos focados nessa coisa há muito tempo. E enquanto nós poderíamos estar sendo glamorosos e gastando nosso dinheiro, nós sentamos numa sala e pensamos sobre acordes em si-bemol, dó sustenido, tempos, grooves, texturas, laying-back (?) e novos jeitos de tocar harmonias um com o outro. Cotovelos de graxa, colar azul de diamante. Nós nos preocupamos com a nossa música, nós amamos música, é interessante para nós. Dificilmente nós arranhamos o a superfície do maravilhoso mistério que isso envolve. Nós sentimos que o que estamos fazendo é algo significativo. Nós estamos aqui para servir as pessoas, para realizar uma função que nós achamos que é de grande ajuda para o mundo. Nós acreditamos nisso. Detonando. Quando qualquer pessoa está ajudando aos outros, ela está no seu melhor. É aonde nós tentamos ficar.

Uma outra coisa. Eu gostaria de mencionar o baixo elétrico, que sempre foi uma enorme influência para mim e de quem eu “roubei” as influências. Eles são: Jah Wobble, John Paul Jones, James Jamerson, Sr. Bootsy Collins, Eric Avery, Aston Family Man Barrett, Mike Watt, Andrew Weises, Peter Hook, and o baixista do Fela Kuti.

Em Agosto de 2003, nós nos juntamos durante um intervalo na turnê e tivemos uma prolífica sessão de composição e gravação. Foi, na verdade, uma das mais produtivas que tivemos num curto período de tempo. Duas das músicas gravadas naquela vez estão neste álbum. Mas agora, no momento em que estou escrevendo este texto, eu não tenho certeza de quais são as canções. Eu estou sentado num hotel em Chicago e pronto para pegar um ônibus para Cleveland, outro dia da turnê, outro dia para estar focado no que estamos fazendo e tentar ser melhor nisso.

Obrigado por ler.

Flea."


"As músicas neste CD foram todas escritas num estado muito inocente, com pouquíssima ou nenhuma intenção por detrás delas. Elas foram concebidas de um jeito similar à uma má função. Elas foram colocadas juntas e estruturadas pelo nosso interesse por música. Elas são perfeitas para serem tocadas repetidamente, e nós fazemos isso por causa do entusiasmo que temos por ouvir uns aos outros, e temos tido a recompensa pelo maravilhoso sentimento que temos pela química musical, com a qual nós temos sido abençoados. Assim que elas são gravadas, elas existirão enquanto a humanidade existir. E assim que são lançadas, todos podem ouvir.

O rádio foi muito importante pra mim em vários períodos da minha vida. Ouvindo Elton John & Kiki Dees “Don’t Go Breaking My Heart” ou sua própria “Tiny Dancer” no carro de minha mãe e imaginando quantos sons maravilhosos foram feitos. Ouvindo Ramones, The Clash, X, Devo, The B-52’s, Talking Heads no KROQ quando eu tinha 9 anos. Ouvindo The Germs, The Cramps, The Weirdos, The Circle Jerks e Black Flag no Rodney Bingenheimers Rodney no The Roq quando eu tinha 9, 10, 11 e 12 anos. Deitado no escuro de noite com meu rádio/gravador k-7 ouvindo o mais baixo possível, pois eu deveria estar dormindo. Gravando todas as minhas músicas favoritas do programa do Rodney, basicamente eu gravava a coisa toda. Gravando “I Feel Love”, da Donna Summer quando tinha 13 anos, eu percebi que “Stereophonics Godliness” foi o primeiro hit completamente eletrônico, imaginando como uma música como aquela poderia Ter sido feita. Quando eu estava com 26 anos e não tinha lugar pra morar, sentado no carro estacionário (estacionário: que não muda de lugar) de minha amiga Toni, fumando maconha e cigarro que vinham de seus sustentos, não me era permitido fumar no carro dela, me perguntando se minha vida estava acaba ou se aquilo era um recomeço, ouvindo R.E.M. e Radiohead, eu sentia que o rádio era minha companhia (juntamente com minhas K-7’s do Bob Marley e do Butthole Surfers). O fato de que algumas de nossas músicas chegaram até as pessoas através do rádio é algo que eu estou muito contente por ter acontecido. Eu também encorajo as pessoas a descobrir mais sobre música de outras formas, como perguntando para as pessoas que você acha que são legais, ou descobrindo quem são os artistas favoritos dos artistas que você gosta, ou comprando algo por gostar da capa.

Estar no Red Hot Chili Peppers é algo que me faz estar muito agradecido. Fazendo música com amigos e tendo a energia ímpeta de um público que me apoia, têm feito desses últimos 5 anos em que estou na banda, os mais felizes da minha vida.

Nós todos temos muita sorte de viver num mundo em que existe tanta música.

John."


"Aqui estão 10 anos de nossa história de gravações. O que você está segurando em suas mãos, é uma seleção do que nós julgamos ser o ponto mais alto de nossa carreira até hoje. Esperançosamente, haverá muito mais. Nós sentimos que nosso melhor está por vir. David Bowie disse lembrar de 3 pontos em sua carreira. A essa altura, eu diria que, para nós, são as meias, as drogas e o fato de termos sido os progenitores híbridos do rock/funk. Eu espero que este CD prove que há muito mais de nós do que isso.

Chad"

Agradecimentos: Universofrusciante.com

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